quarta-feira, 3 de setembro de 2014

SE O COPO TRANSBORDAR.

A culpa foi da água, que fez uma tempestade, achando que o copo era o mar.
Não houve culpados - o copo é que ficou pequeno demais para os dois. E ele não tem culpa de ser do tamanho que é. Cada um deve aprender a lidar com suas limitações.
Na verdade, a água se encheu do copo e foi comprar umas gotículas no garrafão da esquina, sedenta para beber algo novo, porque estava afogada naquela rotina insípida. Inundou-se com as novidades e nunca mais voltou.
Analisando bem, o limite da água termina na borda do copo, o que prova que a água além de ser incolor, também era cega e não enxergou até onde poderia ir.
O problema é que todas as águas são iguais – elas molham!
Estava escrito em grandes respingos no oceano, que um dia aquela água toda iria transbordar. Pois o que é excessivo, uma hora ou outra excederá. Fato!
A sina da água era cair do copo, pois é caindo que se aprende.
O importante não foi a água que transbordou, mas aquela que permaneceu encharcada de si, dentro do copo.
Sim, o copo poderia ter evitado o derramamento, se ele fosse uma jarra.
                Pensando bem, tudo que é demais - é demais!

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