quarta-feira, 12 de julho de 2017

RECONHECENDO AS BONDADES OCULTAS

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"Certo dia um grande e rico empresário viajou com seu filho de oito anos até uma pequena cidade do interior. O empresário tinha o firme propósito de mostrar ao filho como existem pessoas pobres que não têm nada na vida. Passaram dois dias em um sítio muito simples, de uma família bem pobre. Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho:

- E aí filhão, como foi a viagem para você?

- Muito boa, pai - respondeu o pequeno.

- Você viu, filho, como as pessoas podem ser pobres? Não sei como é que existe gente assim no mundo, não é, filhão?

- Sim pai, retrucou o filho, pensativo.

- E o que você aprendeu com tudo o que viu nesses dias?

O menino respondeu, com toda a sinceridade de uma criança:

- É pai, eu vi que nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim e eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu. Nós temos alguns canários que vivem tristes, presos em uma gaiola, e eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas. Nossa comida é industrializada, a deles é pescada no riacho e colhida na horta. Eu observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos à mesa e falamos de negócios e eventos sociais, preocupados apenas com a etiqueta. Quando fui dormir no quarto do Tonho eu passei muita vergonha, pois não sabia sequer rezar, enquanto ele sentou-se antes de dormir e agradeceu a D'us por tudo, inclusive pela nossa visita em sua casa. Nós, aqui em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos à televisão e dormimos.

- Outra coisa, pai – continuou o garoto - eu dormi na rede do Tonho, enquanto ele dormiu no chão, pois não havia rede para os dois. Já em nossa casa colocamos nossa empregada para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, enquanto temos camas macias e cheirosas sobrando, mas que ficam guardadas para aqueles hóspedes chatos e gananciosos que sempre vêm nos visitar.

Conforme o pequeno garoto falava, o pai ficava cada vez mais envergonhado. E o filho, na sua sábia ingenuidade, levantou-se, abraçou o pai e finalizou:

- Obrigado pai, por ter me mostrado o quão pobres e mesquinhos nós somos"

Tudo o que você tem depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza. Se você tem amor, amigos, família e saúde, você recebeu de D'us tudo o que você precisa. Porém, se você é egoísta e pobre de espírito, então você não tem nada.

Rav Efraim Birbojm

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