O Yetser hará, a inclinação para o mal, vai sofrendo uma transformação neste processo, pois com a maior intensidade de luz na nossa alma, o nosso corpo também se beneficia com uma sensação agradável de bem estar. A essência do yetser hará é um intenso desejo de alcançar prazer. Como os prazeres proibidos são mais acessíveis e tentadores, é para eles que o yetser hará se inclina. Na medida que recebemos mais e mais da Luz Divina e o próprio corpo passa a ter uma sensação de prazer, os sábios do nosso povo ensinam que o desejo intenso do yetser hará se converte, direcionado-se para prazeres resultantes da Luz Divina. Porém, a Torah não proíbe todos os prazeres relacionados ao corpo, mas regulamenta eles, e assim também desfrutamos destes prazeres lícitos, acostumando o yetser hará a se contentar com eles. Mas, se deixarmos de cumprir as Mitsvot, que D'us nos livre, e negligenciarmos os caminhos do Eterno, que D'us nos livre, então com menos luz fluindo na nossa alma, o yeter hará volta a agir de forma perniciosa desejando o que é proibido na Torah. Na verdade, mesmo quando o desejo intenso do yetser hará está convertido para as coisas boas, ainda existe o desejo para o mau, porém ele está sem força em razão da luz que reveste a alma daquele que está próximo do Eterno.
As Mitsvot, em especial as festas fixas, o mikvê (imersão, não só para a teshuvá inicial, mas posteriormente em vários momentos), o estudo da Torah, a abstinência a tudo que a Torah proíbe e uma séria de outros aspectos da obediência a vontade do Eterno contida na Torah quebra as kelipot e nos capacita a estarmos mais imersos na Luz Divina.
Marcos Andrade Abrão
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