Gostaria de lembrar a vocês sobre o assunto que tratamos neste último shabat, e pedir que cada um investigue sua própria alma, a fim de estarmos alinhado para aquilo que é necessário a cada um de nós.
No início, fomos presenteados pelo Eterno com informações básicas e extremamente preciosas inseridas em expressões como “Saia da Babilônia” e “Tire a Babilônia de dentro de você”. Com o passar do tempo, substituímos a expressão “Babilônia” por “Edom”. Embora pareçam sinônimas, trata-se na verdade de um aprofundamento muito específico.
Edom não é simplesmente um sistema religioso. Costumamos enquadrar tudo o que diz respeito ao mundo espiritual como religião, mas esta é uma consideração que também foi imposta por Edom aos nossos antepassados. Na Idade Média, o clero católico impôs isso a sábios como Rambam, para que a prática da Torah também fosse visto como religião, nos mesmos termos do cristianismo.
Lembrem-se que a Torah é o modo de vida criado pelo Eterno para cada um de nós que deseja andar fora do cenário criado pelas inumeráveis kelipots existentes em Assiá. Ainda que muitas destas kelipot sejam criações de nossas próprias ações, ainda assim, elas se devem a sistema de vida, ou seja, um modo de vida que se afasta da Torah. Isso gera as kelipots que enfrentamos muitas vezes. Logo, qual é a solução? Concertarmos nossos passos o mais rapidamente possível. E como se faz isso? Praticando cada vez mais as mitsvot que nos são apresentadas pela Torah.
Lembrem-se do exemplo que mostrei nos slides:
O primeiro degrau parece o mais básico e somos levados a não dar muita importância para o mesmo, mas vamos analisar novamente.
1º DEGRAU
Este se divide em três partes:
a. Detectar o erro;
• Muitas pessoas detectam que estão em um lugar de erros e que se trata de um caminho edomita, babilônico ou coisa do tipo. O erro mais comum é permanecer dentro dele e muitos o fazem por não saber a princípio o que fazer.
b. Sair do erro;
• Quando a pessoa entende que não pode mais ficar onde está e se retira já sente que fez um grande progresso, mas aí vem o passo seguinte e este sim é extremamente importante.
c. Retirar o erro de dentro de sí.
Embora pareça muito simples, a experiência que temos tido nas viagens que fazemos e nos atendimentos pela internet, vemos que de fato não é tão simples assim.
Impregnados ainda por doutrinas estranhas a Torah, muita gente entende que precisa dar combate a estas doutrinas. O problema com isso é que não percebem que o combate precisa ser iniciado dentro de cada um em primeiro lugar!
Não é apenas não frequentar mais o local do erro, ou onde o erro foi detectado, não é apenas deixar de estar lá, mas fazer com que o que foi aprendido ali não seja mais a matéria de atenção central do nosso dia a dia. Não só doutrinas, mas hábitos, expressões, usos e costumes etc. É certo que ainda teremos que orientar as pessoas, dar respostas a perguntas e etc. Mas não posso ensinar o que ainda não vivo!
E viver esta realidade é não estar mais voltado aos assuntos que dizem respeito ao local de onde viemos. Uma coisa são as orientações que recebemos, os estudos que se fizeram necessários, as considerações e descobertas que compartilhamos por percebermos coisas que estavam diante dos nossos olhos, mas que ficaram encobertos pela cegueira edomita. Agora que estamos livres, por que ficaremos ainda olhando para estas coisas, como se elas nos movessem?
Compartilhar vídeos e comentários de pessoas criticando Edom em nada vai nos adiantar, em nada vai nos edificar. Se ainda tivermos alguma dúvida ou quisermos dar respostas a alguém, podemos usar os meios que já possuímos. No site www.judaismodaunidade.com.br, estão todas as parashiot do nosso rav Mordechai, ordenadas por ano judaico, uma a uma. Se alguém lhe procurar fazendo perguntas dê a ele os links dos vídeos, peça e ele que os assista. Afinal muitas pessoas apenas indagam com o desejo de contestar e não estão em busca da verdade. Não perca tempo falando o tempo todo de coisas passadas! Aplique-se a Torah! Leia as novas postagens, assista novamente as últimas parashiot, já estamos em outro nível, não podemos ficar pra trás! Nossas almas precisam disto!
Retirar o erro de dentro da alma é a tarefa mais importante que possuímos, pois onde houver ainda misturas jamais será dada alguma revelação que nos leve a diante. Tentaremos pôr em prática coisas novas e sempre haverá um empecilho, como um aluno que tenta passar para o ano letivo seguinte sem concluir as provas necessárias para ir ao estágio seguinte. Não haverá legalidade, isso será bloqueado pelo Eterno.
Lembrem-se, não são apenas ensinamentos, é muito mais:
1. Esqueça os ensinamentos antigos. Pare de falar neles! Não somos obrigados a provar nada para as pessoas! Cada um deve buscar e pagar seu próprio preço. Ajudaremos se necessário, mas não podemos caminhar pelas pessoas!
2. Retire de sua boca as expressões que antes eram usadas no engano, sejam exclamações, jargões, cumprimentos, frases de efeito ou qualquer coisa.
3. Retire os trejeitos que eram comuns nos dias passados, pois muitos destes trejeitos são ligados aos ensinamentos do engano.
4. Retire os textos, as literaturas que estão ligadas ao engano. Folhetos, panfletos, páginas da internet, fotos imagens, retire tudo! Bloqueiem páginas de facebook de pessoas que estão indo para outras direções. Não contamine seus olhos com imagens e postagens contrárias a Torah!
5. O NT romano já está mais do que cortado de nossa realidade, se você o tem ainda em casa é hora de descartar imediatamente. Você realmente quer ir adiante?
6. Não perca tempo estudando ou assistindo coisas de outras religiões ou ligadas à religiosidade mundana, afinal de contas a Torah nos proíbe de fazer tal coisa. Se transgredirmos essa mitsvah como receberemos água limpa em nossas vidas?
Entenda que o Eterno não muda seu jeito de agir por nossa causa. Não é o Kadosh Baruch Hu que deve descer até nós, e isso na verdade ELE tem feito aos nos permitir a revelação do Torah, (bendito seja!), mas somos nós quem deve subir em direção a ELE!
Vlamir Dias
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